segunda-feira, 21 de maio de 2007

Mãos

Seguindo o sucesso do post dos pés gelados escrevo outros detalhes para contemplar a opinião dos leitores.

Mãos.

Cinestésicas, comunicativas, artistas.

Nossa ferramenta principal. Expressa nossa atitude. Elas estão presentes na grande maioria de nossos movimentos.

Mecânica individual - Podemos pegar, coçar, escrever, mexer e tocar.

Tato - Fonte de prazeres, orgasmos, delicadezas e sutilezas.

Gestos - Sinais de educação, carinho, compromisso, paz e amizade.

Informação - Elas são a forma de comunicação mais antiga existente indicando direção, clareza, foco e objetividade.

Por isso, para mim e para a maioria das mulheres mão limpas é tudo.
Após o almoço não gostamos de ter cheiro de comida nelas. Quando limpas, tratadas e hidratadas são um grande sinal de autoestima. Unhas fazem parte do conjunto pois de que adianta ter mão limpas e unhas roídas ou mal tratadas. O pacote completo é o que chama atenção. Ainda mais quando estão cheirosas.

É um sinônimo de higiene que é fundamental na vida do homem moderno que preza por seu status e sua imagem.

A única excessão em que gosto do cheiro de minhas mãos é após o sexo com ela. Embora seja forte acho que me excita por ser algo hormonal, sei lá...

Tolero as mãos sujas somente quando planto, mexo na terra, seguro as rédeas ou faço algum esporte associado ao uso das mesmas, do tipo basquete. Após dirigir lava-las é sempre bom. Após o ônibus é imprescindível.

Como nossa pele elas respiram ficando suadas o que não é agradável.

Muito menos mãos de ônibus.

É o Ó! Me dá nojo.

Vocês concordam com tudo acima? Alguém tem relacionamentos no qual o parceiro é ou foi descuidado com as próprias mãos?

Fica a questão.

4 comentários:

Marília Calábria disse...

_respondendo o outro comment:

Embora eu só tenha tido contato com a obra de Fernando Pessoa na árdua e aparentemente interminável estratégia para ser aprovada no vestibular,posso concluir que o mestre da sinestesia tem razão em povoar nosso pensamento negando a metafísica e construíndo paradoxos que faz da vida uma arte e conseqüentemente do dono de cada uma seu diretor-personagem e às vezes-onisciente.

Infelizmente não dá prá ser sempre Marília,porque o mundo faz com que a gente se molde de uma forma mais apropriada à situação...ou seja,do jeito que a sazonalidade está tornando pequenos momentos mais eternos,o jeito é não ficar parado mesmo.

Praticamente não raciocinar,se entregar ou então,se tiver o privilégio,formatar mais decisões,imaginando e vivendo como vc mesmo só que numa identidade que só vc poderá fazer prá aquela situação.

_agora,a questão das mãos:

É inegável o papel das mãos na expressividade.
Elas regem nossos movimentos mais simples,nos auxiliam em nossas diversas necessidades,revelam intenções e o que realmente somos,sentimos,queremos e fazemos.

Algumas situações descritas tem de ser relevadas:

_mãos de "after food" não são muito bem vindas,dá aspecto de algo não muito bem digerido...burp!

_mãos de ônibus,putz...aliás,ninguém imagina por quais lugares passaram as inúmeras mãos que seguraram a barra em frente a porta de saída.

_mãos após o ato é realmente um atrativo a mais...a troca de cheiros,a ação mais complexa,profunda e inexplicável do tato e a demonstração de carinho que só elas poderão dar já diz que é um ponto a ser mais explorado,isso é que ainda não foi exposto.

_enfim,viajei de novo.me desculpe pelas alienações.

=D!

Nina Lofrese disse...

Caro Thiago, me desdculpe, mas uma das coisas mais engraçadas da minha semana foi o trecho dessa sua última postagem, sobre mãos após o sexo.Tudo bem que a mão é uma atividade fundamental, mas não acha que ficou muito vulgar ao invés de um erotismo curioso,provocante??...Acho muito interessante o que vc consegue escrever sobre as mãos...mas também acho que vc esqueceu certos cheiros que podem ficar nas mãos (e quem é consciente normalmente sabe)...o do latéx., por exemplo, que tem um cheiro muito forte.

Bem,gostei.

Nina Monteiro

Thiago disse...

Nina. O cheiro do latéx é forte porém como não sou médico não tenho o costume de sentir este cheiro. Em relação ao sexo poderia por um pouco mais de romantismo e erotismo mas quis descrever uma coisa mais nua e crua. Não gosto das minhas mâos quando me masturbo. Somente quando faço o mesmo com minha companheira. Existe o romantismo porém quis deixar mais forte a questão dos feromônios.

Petia disse...

Não se esqueça das mãos que nos acariciam e afagam nos momentos dificeis.
Cecília